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A Grécia não é o fim do mundo!

Por Tutty Vasques
Atualização:

Não deixa de ser uma alternativa àquele fim do mundo hollywoodiano clássico, com maremotos, chuvas de meteoros, tempestades de neve, terremotos, enchentes, tsunamis ou qualquer outro desfecho propício a efeitos especiais. Escapa, também, aos clichês do noticiário, tipo pandemias, guerras, aquecimento global, caos aéreo, manchas de óleo, acidentes nucleares, terrorismo, seca, fome... Acabar como a Grécia pode não ser, enfim, a pior coisa do mundo.Não deu certo nos EUA em 2008, mas isso que agora lá em Brasília chamam de "marolinha à la grega" pode muito bem virar a médio prazo uma forma eficaz de destruição em massa. Basta que a contaminação siga o curso previsto de pancadarias colossais nas ruas de Madri, Lisboa, Dublin, Roma... O quebra-quebra que varreu Atenas se espalharia feito cinzas de vulcão por toda a Europa, mas, cá pra nós, não há caos econômico capaz de quebrar o planeta do jeito quase instantâneo que a gente viu no filme 2012, por exemplo. Ainda que, quando a pindaíba apertar, cada branco quebre duas vitrines do seu bairro, vai demorar muito para o ser humano destruir a pedradas tudo que o capitalismo construiu no século passado. Tempo suficiente para acalmar a turma com a prisão de dois ou três responsáveis pela lambança.Muito mais grave que os erros pelos quais a Grécia está pagando nos últimos dias foi a mancada do operador da lista de ações da Bolsa de Nova York, que teria comido três zeros do índice Dow Jones ao trocar o "b" de bilhão por "m" de milhão nos negócios com papéis de uma multinacional. Isso quer dizer o seguinte: por muito pouco o mundo não acabou na última quinta-feira por erro de digitação. Deus é Pai, né?!Ideia de jericoA pichação surgiu misteriosamente nos muros de Brasília: "Erenice Guerra 2018!" Ninguém assumiu a autoria da campanha, mas tem gente no PT desconfiada que seja mais uma ação dos tucanos para semear o medo no eleitor.Escondendo o jogoDos cinco astros do futebol escalados no ensaio sensual pilotado pela fotógrafa Annie Leibovitz para a edição de junho da Vanity Fair, Kaká foi o único que não tirou a calça jeans para posar de cueca. Isso quer dizer o seguinte: aquela pubalgia pode ainda estar lá exposta.Quem viver, verá!O prefeito Gilberto Kassab está convencido de que a dívida de seu município com o governo federal é impagável. Isso quer dizer o seguinte: até 2030, talvez até antes, São Paulo será a Grécia brasileira. Não deixa de ser um legado, né?O que é isso, companheiro?O eleitor de Fernando Gabeira está confuso. Depois da brincadeira de bem-me-quer-mal-me-quer com César Maia (no final deu bem-me-quer), o pré-candidato do PV ao governo do Rio tem alternado - dia sim, dia não - o apoio exclusivo a Marina Silva e o palanque duplo com José Serra. Não à toa, tem carioca que pela primeira vez está na dúvida se vota no cara.Tudo em cimaQuem esteve com ela no baile de gala do Met, em Nova York, garante: Gisele Bündchen não perdeu o trema mesmo depois da gravidez.Papo furadoBill Clinton prometeu emagrecer sete quilos até o dia do casamento de sua filha, Chelsea. Mais ou menos a mesma conversa do Fenômeno quando chegou ao Corinthians.Só pensam naquilo!Causou alívio no Vaticano a leitura do livro Cartas Entre Amigos, escrito a quatro mãos pelo padre Fábio de Melo em parceria com Gabriel Chalita. EfeméridesOs 25 anos da descoberta do buraco na camada de ozônio comemoram o jubileu de prata do fim do mundo.

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