29 de março de 2009 | 02h02
Descobri o Parque da Aclimação em 1998, quando levei minha filha Julia, ainda recém-nascida, para um passeio. Fiquei completamente encantada com a fauna e a flora do local, sem contar o belíssimo lago, a principal atração do parque. A partir de então, ir até lá virou parte da rotina de minha família. Quem mora em uma metrópole como São Paulo sabe da importância de ter um espaço verde bem cuidado perto de casa.
Emfim, de volta: recirculação de água é retomada na Aclimação
Nestes 11 anos em que frequento o Parque da Aclimação, fiz amigos, conheci pessoas de outros países que se encantaram com o local e presenciei cenas inesquecíveis. Um dos momentos mais emocionantes foi ouvir Julia, que sempre se interessou pela natureza, dizer que seria ambientalista para cuidar do parque. Até que, no dia 23 de fevereiro, um acidente ameaçou o futuro do local. Devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, o nível da água do lago se elevou de tal forma que a parte inferior do vertedouro se rompeu. O resultado foi o esvaziamento imediato. Quando soube da notícia fiquei em estado de choque. Pensei nas histórias que eu - e outros frequentadores - compartilhamos lá. Seria o fim desses momentos? Os pessimistas tinham certeza de que o lago desapareceria. Mas órgãos competentes agiram com rapidez para solucionar o problema. Hoje, um mês depois do ocorrido, ver nosso lago cheio novamente foi um grande alívio e motivo de felicidade. As atividades do parque já voltaram ao normal. Até mesmo os pássaros migratórios, que fazem o trajeto entre o Ibirapuera e a Aclimação, estão retornando aos poucos. Mais do que nunca, entendo quando o pensador alemão Goethe diz: "Tudo surgiu da água. Tudo é mantido pela água".
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