Ambientalista, quando ainda não se falava nisso

O etnólogo lamentava as agressões feitas ao 'espetáculo do mundo'

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Por Beatriz Perrone-Moisés
Atualização:

.Em entrevista à televisão francesa, em 1988, Lévi-Strauss dizia que "jamais teria ousado escrever Tristes Trópicos" - um livro em que "escrevi tudo que me passava pela cabeça, sem me preocupar em saber se era verdadeiro ou falso ... se tivesse imaginado um dia seguir carreira acadêmica". Estava convencido, após duas recusas pelo Collège de France, de que seu destino não seria a academia. Corria o ano de 1955. Dali a três anos seria publicada a coletânea Antropologia Estrutural, estava dada a largada para uma nova antropologia. Claude Lévi-Strauss surgiu então no papel de celebridade intelectual que temos visto merecer manchetes, matérias e especiais no mundo todo nestes dois últimos anos. Em 1960, Lévi-Strauss seria finalmente eleito para o Collège de France e, em 1973, para a Academia Francesa. Nos anos 80, a França já sabia que ele era um "tesouro nacional vivo".

 

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