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'Fórum Mundial da Água é uma oportunidade para o País aperfeiçoar estratégias de políticas hídricas?'

Por José Machado e DIRETOR-PRESIDENTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
Atualização:

Estou em Istambul, Turquia, no 5º Fórum Mundial da Água. Autoridades internacionais se reúnem em busca de soluções para garantir água em quantidade e qualidade adequadas à sobrevivência e desenvolvimento socioeconômico da humanidade. Os debates aqui têm considerado os fatores que podem causar a escassez ou a poluição da água, como as mudanças climáticas e a acelerada urbanização pelo mundo. Dados da ONU apontam que cerca de 1,1 bilhão de pessoas convivem com a falta de acesso a água de qualidade. O Brasil, apesar de possuir 12% da água doce do mundo, também não está fora do problema, o que pode ser percebido no semiárido brasileiro, onde milhares de pessoas têm de andar longas distâncias para ter acesso a água. Nós, representantes brasileiros, viemos para aprender com outros países a aperfeiçoar nossa gestão de recursos hídricos. Além disso, buscamos firmar nossas posições políticas e estabelecer parcerias, pois sabemos que o Brasil é protagonista quando o assunto é água. Com os EUA, por exemplo, temos que aprender sobre sistemas de informações que nos ajudem a evitar ou minimizar os efeitos de secas e enchentes. Já a Espanha se interessa na gestão da escassez de água e no funcionamento dos comitês de bacias brasileiros - que permitem a participação social como poucos no mundo. Ainda mais importantes são as articulações com Portugal e demais países de língua portuguesa, porque com eles aprendemos e transmitimos nossa experiência de gestão e planejamento de recursos hídricos. O Brasil possui uma avançada política de água e está no rumo certo. O Fórum Mundial é uma oportunidade estratégica para que o País influencie nas políticas que o mundo quer construir e, ao mesmo tempo, calibre a sua. O principal beneficiado será você, cidadão brasileiro.

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